Nos dias que vivemos, tal tem sido a preocupação dos pais em proteger seus filhos de dificuldades que, por vezes, exageram.
Assim é, por exemplo, com respeito a relacionamento com vizinhos.
A falta de respeito de algumas pessoas, que ultrapassam os limites do equilíbrio, tem gerado, é verdade, situações embaraçosas.
Mas, os conflitos humanos, impondo condutas de distanciamento, evitam a prática da fraternidade que sustenta os sentimentos e lhes dá vigor.
As comunicações virtuais, por sua vez, têm isolado as pessoas nos lares, afastando-as de convivência salutar.
Como conseqüência, passamos a sentir as dificuldades de convivência humana aumentarem.
Olhando para os nossos vizinhos de apartamento, de residência, damo-nos conta que raramente nos comunicamos.
Mesmo quando nos encontramos nos elevadores, nos parques, nas ruas, nossa comunicação se limita a frases curtas e respostas monossilábicas.
Assim, a família vai se fechando cada vez mais. E isso prejudica a educação dos filhos e a convivência agradável.
O homem é um ser gregário, por isso, a convivência com o próximo é uma necessidade de alta significação.
Estar com o outro, conviver com ele faculta o desenvolvimento da sensibilidade afetiva, que trabalha em favor dos sentimentos elevados do ser humano.
A vida social propicia entendimento fraterno, trabalho coletivo em favor da solução de problemas-desafios, que a todos atingem.
Na educação infantil, a convivência com vizinhos é importante.
Sem envolvimentos emocionais profundos entre as pessoas, que possam gerar conflitos, manter a boa vizinhança é altamente benéfico.
O vizinho, na condição do próximo menos distante, é oportunidade de convivência edificante, através da cordialidade, da urbanidade, do respeito.
Em se tratando de nossa criança, é importante estimulá-la a buscar a companhia dos amigos vizinhos, a se divertir com eles, estudarem juntos, resolvendo seus deveres escolares.
Tudo isso é significativo para a construção social.
Naturalmente, os pais estarão vigilantes, estabelecendo regras e critérios para que a convivência não se transforme em algo indisciplinado e constrangedor.
O vizinho, pela sua proximidade física, proporciona ensejo de amizade, permitindo o exercício da bondade, enquanto se trocam conhecimentos úteis.
Se os pais mantêm agradável convivência com os vizinhos, evitando comentários indevidos, censuras e reproches, os filhos os imitarão.
Isso porque a criança imita sempre os atos dos adultos, no lar, na rua, na escola.
Convivendo com nossos vizinhos, estimulando as crianças a fazerem o mesmo, estaremos contribuindo para uma valiosa conquista ética do grupo humano, que marcha para uma sociedade mais harmônica.
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A educação, em si mesma, e particularmente a infantil é um trabalho de todo dia, de toda hora, e não apenas de momentos emocionais, carregados de afeto exagerado ou de agitação e desequilíbrio.
Desse modo, o diálogo contínuo, os esclarecimentos em vez das ordens e imposições, os bons exemplos serão a nota de importância na boa formação do caráter dos nossos filhos.
Pensemos nisso.
Ouça às 05h00 na Clube FM João Pessoa as nossas reflexões comigo no Bom Dia Clube.
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