segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Reflexão do Dia - Nossos vizinhos





Nos dias que vivemos, tal tem sido a preocupação dos pais em proteger seus filhos de dificuldades que, por vezes, exageram. 

Assim é, por exemplo, com respeito a relacionamento com vizinhos. 

A falta de respeito de algumas pessoas, que ultrapassam os limites do equilíbrio, tem gerado, é verdade, situações embaraçosas. 

Mas, os conflitos humanos, impondo condutas de distanciamento, evitam a prática da fraternidade que sustenta os sentimentos e lhes dá vigor. 

As comunicações virtuais, por sua vez, têm isolado as pessoas nos lares, afastando-as de convivência salutar. 

Como conseqüência, passamos a sentir as dificuldades de convivência humana aumentarem. 

Olhando para os nossos vizinhos de apartamento, de residência, damo-nos conta que raramente nos comunicamos. 

Mesmo quando nos encontramos nos elevadores, nos parques, nas ruas, nossa comunicação se limita a frases curtas e respostas monossilábicas. 

Assim, a família vai se fechando cada vez mais. E isso prejudica a educação dos filhos e a convivência agradável. 

O homem é um ser gregário, por isso, a convivência com o próximo é uma necessidade de alta significação. 

Estar com o outro, conviver com ele faculta o desenvolvimento da sensibilidade afetiva, que trabalha em favor dos sentimentos elevados do ser humano. 

A vida social propicia entendimento fraterno, trabalho coletivo em favor da solução de problemas-desafios, que a todos atingem. 

Na educação infantil, a convivência com vizinhos é importante. 

Sem envolvimentos emocionais profundos entre as pessoas, que possam gerar conflitos, manter a boa vizinhança é altamente benéfico. 

O vizinho, na condição do próximo menos distante, é oportunidade de convivência edificante, através da cordialidade, da urbanidade, do respeito. 

Em se tratando de nossa criança, é importante estimulá-la a buscar a companhia dos amigos vizinhos, a se divertir com eles, estudarem juntos, resolvendo seus deveres escolares. 

Tudo isso é significativo para a construção social. 

Naturalmente, os pais estarão vigilantes, estabelecendo regras e critérios para que a convivência não se transforme em algo indisciplinado e constrangedor. 

O vizinho, pela sua proximidade física, proporciona ensejo de amizade, permitindo o exercício da bondade, enquanto se trocam conhecimentos úteis. 

Se os pais mantêm agradável convivência com os vizinhos, evitando comentários indevidos, censuras e reproches, os filhos os imitarão. 

Isso porque a criança imita sempre os atos dos adultos, no lar, na rua, na escola. 

Convivendo com nossos vizinhos, estimulando as crianças a fazerem o mesmo, estaremos contribuindo para uma valiosa conquista ética do grupo humano, que marcha para uma sociedade mais harmônica. 

* * * 

A educação, em si mesma, e particularmente a infantil é um trabalho de todo dia, de toda hora, e não apenas de momentos emocionais, carregados de afeto exagerado ou de agitação e desequilíbrio. 

Desse modo, o diálogo contínuo, os esclarecimentos em vez das ordens e imposições, os bons exemplos serão a nota de importância na boa formação do caráter dos nossos filhos. 

Pensemos nisso.


Ouça às 05h00 na Clube FM João Pessoa as nossas reflexões comigo no Bom Dia Clube.


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