A categoria exige a adequação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 3,31% com efeito retroativo desde a data base, em abril. Durante a negociação, o SATENPE enviou pauta de reivindicações ao sindicato patronal (Sindhospe) que, posteriormente, ofereceu 0% de reajuste nos salários da categoria para o período de 2020. As negociações se arrastaram até o mês de novembro. A última palavra do sindicato patronal foi a proposta do pagamento do reajuste em janeiro de 2021, retroagindo ao mês de outubro de 2020.
De acordo com o presidente em exercício do SATENPE, Gilberto Flávio, os trabalhadores amargam uma das piores remunerações do país. Esse baixo salário se agrava em plena pandemia da Covid-19. “O sindicato patronal quer repassar esse índice retroativo do INPC, somente a partir do mês outubro. Com isso, serão perdidos seis meses de reajuste. Queremos que conceda a reposição por completo. Não iremos admitir esse descaso com a categoria“, alertou.
“Muitos trabalhadores não conseguem manter os custos básicos, a alimentação necessária para a sua família. Com essa pandemia, alguns trabalhadores escolheram entre se alimentar, pagar as dívidas ou comprar remédio para tratar os diversos transtornos que foram agravados nesse momento. Esse reajuste não é apenas um direito, é a garantia de mais dignidade a esses profissionais”, concluiu Gilberto.