sábado, 17 de junho de 2023

Carta ao povo de Paulista

    


Aos que conhecem minha gente , sabem o quanto somos ordeiros e gentis. Fica limpo, claro cristalino o  amor danado que temos por nossa cidade.  Paulista, que sempre foi porta de desenvolvimento do litoral norte, vive hoje a reboque de outros municípios da região, espiando pela janela o progresso passar.  Aos saudosistas, remetem a Ademir Cunha o último exemplo de gestor comprometido com os interesses da cidade. O que faz até um certo sentido. Nos últimos anos, o que podemos presenciar são nossos irmãos igarassuanos ditando o ritmo dos paulistenses, talvez apenas, saudade de ser província da Vila de Igarassu. 

Os registros históricos afirmam que Duarte Coelho chegou à Capitania de Pernambuco em 1535, avançando pelo Canal de Santa Cruz até a foz do Rio Igarassu, onde travou batalhas com os índios da região antes de fundar a 1ª vila colonial.

Dava-se início, então, ao processo de povoamento da região que, séculos depois, se emaciparia sob o nome de “Paulista”. Emancipação hoje pleiteada novamente pelo povo das cidades das chaminés, infelizmente hoje todas vendidas, por gestões que tentam reduzir nossa fração linda do Brasil, a um grande pedaço de uma coisa qualquer. 

Nos últimos 18 anos, o que podemos enxergar é um único projeto dicotômico alternado por Yves Ribeiro, ( ex- prefeito de Igarassu) e Junior Matuto (diretor, coreligionario e sucessor de Yves)  ambos conhecidos por suas gestões desastrosas e cheios de visitas do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRACO)  nos corredores da prefeitura. 

Somos um povo sem identidade política, sem referência de liderança e acima de tudo, sem autoestima. Vivemos a triste realidade de sempre escolhemos o menos ruim. Por ausência de idéias, e de um projeto discutido amplamente pela sociedade , que deixamos esses personagens, ditarrem nosso rumo. Hora um especialista em inaugurar maquete, hora um matuto sabido, que vive nos corredores de Brasília, afim de se livrar de seus processos por colocar a mão no dinheiro "da gente".  

Chegou a hora de pensar na gente, na gente que está na fila do posto de saúde, na gente que tem suas casas invadidas pelas águas, na gente que não aguenta mais ver os cofres públicos serem assaltados. É preciso construir uma Paulista de um jeito novo, ouvindo os paulistenses e acima de tudo dialogando com as pessoas.

Só se constrói um grande projeto de cidade com a participação de todos e muito diálogo. Para ser um gestor comprometido como Ademir Cunha não podemos fazer assepsia de ideias. Precisamos, no entanto, ouvir o que cada um precisa falar. O Prefeito que não se dispõe a ouvir as pessoas nunca irá acertar nas suas decisões. Liderança é a arte de fazer as ideias se convergirem e extrair o melhor para nossa população. E ao fim saber que suas decisões irão beneficiar a maioria dos paulistenses.

Certamente não sentimos mais o aroma do eucalipto, mas, ainda podemos ser o palco de um progresso imensurável e símbolo da graça e do labor. É hora de arregaçar as mangas, planejar, ouvir, e parar de colocar a culpa nos Lundgren. 


Luiz Neto, empresário e pré-candidato a prefeito da cidade do Paulista.

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