segunda-feira, 4 de abril de 2011

Todos assassinos do professor presos

Foto: Divulgação

Estão presos os dois últimos suspeitos de participar da morte do professor universitário Élio Meneses Pacheco, 46 anos. José Edenilson dos Santos, o Matuto, 19, (fotos) que confessou ter atirado na vítima, e o adolescente de 16 anos se apresentaram, no sábado, a policiais militares de Lagoa dos Gatos, no Agreste do estado. Equipes da polícia civil já sabiam do paradeiro de ambos e estavam se deslocando para fazer as prisões. José Edenilson será apresentado à imprensa hoje pela manhã. O adolescente será encaminhado para o Ministério Público de Pernambuco. Outro homem envolvido no crime já havia sido preso na semana passada. Amanhã, será realizada a reconstituição do crime. Os dois suspeitos maiores de 18 anos devem participar dessa reconstituição, onde serão refeitos os últimos passos do professor até o momento da execução. 

Os detalhes da morte de Élio Meneses foram revelados pela polícia, na última sexta-feira, após a prisão de Mário Pereira dos Santos, 22, conhecido como Gu. Ele, que trabalhava com manutenção de piscinas, estava ajudando o professor a encontrar um imóvel com piscina para comprar nos bairros do Cordeiro ou Iputinga, quando resolveu arquitetar o crime para roubar o carro da vítima. Com medo de serem reconhecidos pelo professor, os suspeitos resolveram, então, matá-lo. Depois de ser preso, Mário confessou tudo e disse que quem havia atirado em Élio teria sido José Edenilson, o Matuto. Após se entregar, segundo fontes da Polícia Civil, Matuto também confessou participação no assassinato e assumiu ter sido o responsável pelo tiro que matou o docente. 

Os delegados Gleide Ângelo e Alfredo Jorge, responsáveis pelas investigações, não foram localizados ontem para falar sobre o caso. O professor Élio Meneses foi visto pela última vez na Universidade Federal de Pernambuco, no dia 16, por volta das 15h. À noite, em casa, Mário Pereira teria lhe telefonado e com uma história que a polícia ainda não conseguiu descobrir, levou o docente a sair de casa. Passava das 21h.O professor não sabia que Gu, Matuto e o adolescente o esperavam para cometer o crime. 

O assassinato 

Ao abrir o portão da garagem, os três homens renderam a vítima e a obrigaram a voltar para o apartamento. O trio pegou celulares, notebook, computador e diversos outros pertences. Na saída, levaram o professor junto com eles em seu carro. O grupo deixou os produtos roubados na casa de um dos suspeitos e seguiu com o professor para a Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes, onde resolveu assassiná-lo. Élio foi baleado na cabeça e o corpo dele deixado em um matagal de onde foi recolhido e levado ao Instituto de Medicina Legal (IML). Foi reconhecido por familiares uma semana depois.

Horas após a morte de Élio, os criminosos acabaram queimando o carro dele no bairro do Cordeiro, nas proximidades da casa de Mário Pereira, articulador do crime de roubo, segundo ele mesmo confessou. Já na casa de José Edenilson, a polícia localizou a arma usada para tirar a vida da vítima, um revólver calibre 38. Além disso, recuperou uma mala onde as coisas teriam sido colocadas na hora do roubo (um vinho argentino, um aparelho de DVD, um CD Player, uma bolsa, os óculos de sol com grau do professor e uma cédula de 200 coroas dinamarquesas - equivalente a R$ 62). José Edenilson era procurado por outros homicídios em Panelas e Cupira, no Agreste pernambucano.



Da redação do DIARIO DE PERNAMBUCO

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