Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress |
Com essa informação, a queda da barragem em Brumadinho já fez mais vítimas que o desastre ambiental de Mariana, em 2015, que deixou 19 mortos. Os oficiais informaram ainda que 296 pessoas continuam desaparecidas. Há também 81 desabrigados e 23 pessoas hospitalizadas.
Em entrevista coletiva, o coronel Anderson Almeida afirmou que ainda há um risco de desmoronamento de outra barragem do complexo, mas que os bombeiros e a Vale estão trabalhando para tentar garantir a segurança da área. "Não descartamos o rompimento da barragem VI, ainda estamos trabalhando numa situação em que pode estar seguro, estamos drenando.", afirmou o oficial.
Segundo o oficial, mais de 200 pessoas trabalham nas buscas na área que foi atingida pela lama da barragem. O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais recebeu reforço de oficiais da corporação no Rio de Janeiro e de oficiais da Força Nacional.
De acordo com Almeida, as pessoas que foram encontradas sem vida até o momento estavam soterradas pela lama, e não sob escombros, o que pode ter dificultado a sobrevida das vítimas após a tragédia. Ele não soube precisar, no entanto, por quanto tempo uma pessoa pode sobreviver debaixo da lama.
Imagem: Isac Nóbrega/Presidência da República |
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) sobrevoou na manhã deste sábado (26) a área atingida pelo rompimento da barragem em Brumadinho. Ele não deu declarações no local e já voltou para Brasília.
Bolsonaro usou o Twitter para dizer que é "difícil ficar diante de todo esse cenário e não se emocionar" e prometer que o governo fará o que estiver ao seu alcance para atender as vítimas, minimizar danos, apurar os fatos, cobrar justiça e prevenir novas tragédias, citando ainda o desastre de Mariana (MG), há mais de três anos.
O conselho será composto por dez ministros e será chefiado por Onyx Lorenzoni (Casa Civil). O órgão terá como objetivo "acompanhar e fiscalizar as atividades a serem executadas em decorrência da ruptura da barragem".
Já o comitê fará a gestão e a avaliação das respostas ao desastre. O grupo fará reuniões semanais e contará com representantes dos mesmos dez ministérios.
Tragédia se repete
Na sexta-feira (25), uma barragem da Vale se rompeu em Brumadinho (MG), a cerca de 60 km de Belo Horizonte. A tragédia aconteceu na região do córrego do Feijão, que deságua no rio Paraopeba, na Bacia do Rio São Francisco.
O rompimento acontece três anos após a queda de uma barragem da Samarco também em Minas Gerais, em Mariana, o maior da história da mineração no Brasil. A Vale é uma das donas da Samarco, junto com a mineradora anglo-australiana BHP Billiton.
Fonte: UOL
Nenhum comentário:
Postar um comentário